Finanças é a área do
conhecimento que trata de assuntos relacionados ao uso do dinheiro. Aqui serão
comentados os conceitos fundamentais. Alguns deles merecem atenção pela confusão
que podem despertar entre si. Vejam quais são os conceitos que todo empreendedor precisa
conhecer:
1. Renda e riqueza
Esses conceitos são
distintos e precisam ser tratados de forma diferente e complementar pelo
empresário. Renda é uma medida de fluxo, mensurada em períodos de tempo como
mês ou ano.
Riqueza é uma medida
de estoque, mensurada em uma determinada data como no
final do mês ou do ano. A renda é o ganho ocorrido em um período de tempo,
calculado a partir do faturamento, descontados os custos e as despesas.
O imposto de renda leva esse nome porque é calculado
com base nesse ganho. Riqueza é o que se acumula em bens e direitos. Em
finanças, esses conceitos são conhecidos com outra nomenclatura: renda = lucro;
riqueza = patrimônio. A variação da riqueza, em determinado período, é uma
renda.
2. Custos e despesas
Tanto custos quanto
despesas representam o consumo do patrimônio em um determinado período, seja em
forma de desembolso, saindo do caixa, ou em forma de vida útil de bens imóveis
ou direitos contratuais.
A distinção entre
custos e despesas não está no item aos quais eles se referem, mas ao uso que se
faz dos itens. Se um carro é usado para a prestação de serviços, levando o
técnico ao cliente, por exemplo, a vida útil consumida neste uso, denominada de depreciação, deve ser considerada como custo.
Mas se o carro for
de uso pessoal do empresário, a depreciação deve ser considerada despesa. Qual a
importância desta distinção? Principalmente para a formação de preços, no
controle de ociosidade e no planejamento da operação, incluindo o cálculo do
tamanho ótimo do negócio.
3. Investimento e
despesa
Investimento é o uso do dinheiro em bens e direitos que irão permitir que a empresa possa operar em mais de um período. Pode ser uma aplicação financeira para uso no futuro; pode ser em imóveis, carros ou máquinas que serão usadas para gerar receita em vários anos ou como reserva de valor para o futuro.
O desembolso é
indiscutivelmente despesa quando se refere a um direito ou benefício que será
consumido no mesmo período do desembolso, ou seja, quando não há nada no futuro
para receber referente a esse gasto. Um aluguel pago referente ao mês corrente
é despesa, pois o direito de continuar no imóvel já foi usado.
Também é despesa
quando há dúvidas sobre o benefício futuro ou quando esse é de difícil
apuração. Você faz um curso e espera que a gestão da empresa melhore e ganhe
mais dinheiro. Apesar de chamarmos isso de investimento, em finanças isso é
despesa. Se você ganhar mais, isso será registrado como lucro, mas apenas no
momento em que isso ocorrer.
4. Lucro e caixa
Lucro é renda, uma
sobra do seu negócio que pode ser distribuída aos sócios. Caixa faz parte do
patrimônio. Sobra de caixa não é lucro! A distribuição dos lucros obviamente
sairá do caixa, mas este muda cotidianamente, pelas diferenças nos prazos dos
pagamentos e dos recebimentos.
O caixa, portanto, é
um limitador da distribuição do lucro. A distribuição do lucro não pode
comprometer os pagamentos futuros necessários à operação da empresa.
Gabriel Andrade
adorei o post.
ResponderExcluirinformações importantes e essenciais.